Se por um
lado, essa curiosidade se calça em elementos que são totalmente desnecessários
para a prática do Tarô, por outro lado é essa mesma curiosidade que impulsiona
as pessoas a aprendê-lo.
Se você
gosta do Tarô, pensa em consultá-lo, pensa em aprender a interpretá-lo, este
texto é para você!
1- O Tarô é um idioma
Verdade. Aprender
a ler o tarô é como aprender uma língua estrangeira, com a diferença de que
a língua do tarô se expressa por meio dos símbolos. Assim, qualquer pessoa pode
aprender a ler as mensagens apresentadas pelos arcanos: completamente
desnecessária a clarividência ou qualquer tipo de mediunidade. O que eu quero
dizer é que o tarólogo pode ser sensível e acessar planos além do material
enquanto realiza a leitura, mas isso não é necessário para que se leia o Tarô.
Sabe quando a gente tem um amigo muito próximo e, com o passar dos anos, um
olhar trocado entre nós já substitui mil palavras? Isso acontece entre o
tarólogo e o Tarô. Com a prática, a leitura dos símbolos dos arcanos vai
ficando tão simples, que a gente quase consegue ouvir a “voz” do Tarô na nossa
cabeça. Resumindo: dom e afinidade podem ser considerados elementos, mas a
dedicação ao estudo, sem dúvida, faz a maior parte do serviço!
2- O Tarô é um elo
Sabe
aquela imagem do iceberg, do qual só
se enxerga a ponta? Pois então, Freud nos apresentou o entendimento de que a
ponta do iceberg representa a mente
consciente, e a outra parte, enorme, submersa, representa a mente inconsciente.
Jung, em seus estudos, também nos trouxe a reflexão “Quem olha para fora,
sonha; quem olha para dentro, acorda”. É exatamente isso que o tarô faz: apresenta
à consciência o conhecimento submerso no inconsciente, ou seja, conecta inconsciente e consciente.
Assim, nada que o tarô mostra é completamente desconhecido daquele que faz a
consulta, pois as situações apresentadas representam as situações da sua própria
vida.
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3- Não há um consenso sobre a
origem do Tarô
O que se
sabe é que a primeira aparição dos Arcanos Maiores foi em 1430, num baralho
italiano, conhecido como Tarô de Visconde-Sforza. Por isso, alguns autores
defendem que a origem do tarô é a Renascença Italiana, no século XV. Porém,
para outros autores, os Arcanos Maiores são, na verdade, o Livro da Sabedoria
dos antigos sacerdotes egípcios, o qual ficou restrito a grupos ultra-secretos
até o século XV, quando foi exposto ao público na forma de cartas de baralho.
Há quem diga, ainda, que o tarô foi criado pelos Judeus na época do Êxodo, e
que Moisés teria sido um sumo sacerdote iniciado nos Mistérios egípcios.
4- Não há um consenso sobre o
significado do termo TARÔ.
No antigo
idioma egípcio, o significado da palavra seria “Caminho” (TAR) “Real” (RO). O
nome também é associado à Torá ou Torah, o Pentateuco judaico, que compreende
os primeiros cinco livros do Velho Testamento. Por outro lado, há quem diga que
o tarô foi chamado assim por causa de um rio que atravessa Parma, o rio Taro.
5- Nem todo oráculo em forma de
cartas é um Tarô.
Sim! Para
ser um Tarô, o oráculo precisa ser composto por 78 ARCANOS, conhecidos por
“cartas”. A estrutura do Tarô compreende 22 arcanos maiores e 56 arcanos
menores. Existem outros oráculos em forma de baralho, mas com a estrutura
diferente e, apesar de levarem a denominação de tarô, não são um tarô. Por
exemplo, dois oráculos que levam o nome de tarô, mas têm outra estrutura, são o
Tarô das Bruxas, com 24 cartas e o Tarô dos Anjos, com 42 cartas.
6- Você é quem deve escolher qual
deck utilizar
Existem decks (jogos de cartas) de todos os tipos
no mercado. Sugiro que, enquanto estudante, você utilize o Tarô de Marselha,
que é clássico e utilizado como base para diversos outros decks. Outra sugestão é o Rider-Waite, que mantém a base da
simbologia do Marselha e traz ilustrações para os arcanos menores. Quando você
já estiver familiarizado com esta simbologia, será muito mais fácil se entender
com os outros baralhos.
7- O Tarô trabalha com o Presente
O Tarô é
instrumento hábil para previsões, mas devemos entender isso melhor. A
disposição das cartas como saem mapeia o momento do consulente e descreve
tendências futuras baseadas naquele quadro presente apresentado. Assim, o que
de fato define o futuro de quem consulta o tarô são as atitudes do consulente.
Radiant Rider-Waite Deck |
Assim,
pessoas, o ambiente mágico que envolve o Tarô tem muito mais a ver com a
intimidade que a gente constrói com ele ao longo do tempo. Sendo um
alfabeto simbólico que alcança nossos níveis inconscientes, certeza que,
enquanto tarólogos, estamos expostos à atuação do Tarô em nosso inconsciente
também. Dessa forma, pela prática, aguçamos nossa intuição e nossa habilidade
de ler as entrelinhas.
Para quem
consulta o Tarô, ele é um instrumento de investigação interior e
autoconhecimento incrível! Ele proporciona ao consulente a compreensão do
propósito do momento que ele está vivendo e auxilia na tarefa de cumprir esse
propósito, porque, por meio da consulta o que estava escondido no inconsciente
torna-se concreto e a percepção das circunstâncias da própria vida torna-se maior.
Até a próxima!
Equipe Tarô e Flor
Equipe Tarô e Flor
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REFERÊNCIAS
DESTE TEXTO:
Banzhaf,
Hajo. O livro do Tarô. Ed.
Pensamento, São Paulo, 2001.
Begg,
Deike. Sincronicidade - A promessa da
coincidência. Ed. Cultrix, São Paulo, 2001.